Desde o século VIII, essa ilha de menos de um quilometro de extensão é um santuário dedicado ao culto do arcanjo Miguel. A cidade se desenvolveu em volta da abadia, até hoje abitada por monges, que ocupa o alto da colina. O Monte Saint-Michel é uma cidade murada, que soube preservar seu passado e suas belas construções medievais. Ruelas e escadarias estão repletas de restaurantes, pequenos hotéis aconchegantes e lojas de souvenir. Depois da visita, o famoso albergue da Mère Poulard é uma parada obrigatória. Foi no século XIX, que Anette Poulard, apelidada de Mère Poulard graças ao seu talento culinário, se instalou no monte e passou a acolher peregrinos do mundo todo, que se deliciavam com suas 700 receitas saborosas, a mais conhecida delas é, sem dúvida, o omelete.
Na planície continental, carneiros pastam tranquilamente, contrastando com a agitação do vai e vem de carros e ônibus. A ilha é ligada ao continente através de uma estrada artificial e tem no turismo sua principal atividade econômica. São cerca de 1 milhão de visitantes todos os anos, que torna o destino, inscrito na lista do Patrimônio Mundial da Unesco, o mais visitado na França fora da região da capital do país. Do topo de seus 80 metros de altura, uma bela vista de 360? graus se descortina sobre o Canal da Mancha. Durante a maré baixa, 30 mil hectares se descobrem e deixam a areia aparente, depois, o mar retorna a uma velocidade impressionante de cerca de 45 metros por minuto, em um fantástico espetáculo da natureza.